"O vinho e a música sempre foram para mim um magnífico saca-rolhas" - Anton Pavlovitch Tchékhov
Vista à Herdade do Perdigão
Ora e continuando pelo Alto Alentejo, desta feita realizei uma visita à Herdade do Perdigão, a poucos quilómetros de Monforte, na estreita estrada municipal que une Monforte a Arronches e que contou com a técnica de marketing da empresa, Sandra Chaves, como cicerone. Estas vinhas foram pertença original de Alfredo Saramago, vendidas posteriormente a João Lourenço (actualmente o proprietário das Altas Quintas) e mais tarde adquirida por Carlos Gonçalves. Falamos de cerca de 60 hectares, 25 hectares das quais de vinhas já maduras. O enólogo residente é David Patrício e são produzidos cerca de meio milhão de litros de vinho. Deste brancos, tintos, rosés e até um espumante, os vinhos feitos nesta quinta são acima de tudo sérios e austeros. Dois destaques, o Vinha do Almo Special Edition de 2007 e o Herdade do Perdigão Reserva Branco de 2007. O primeiro, de cor violeta escura, feito a partir de 50% Touriga Nacional, 25% Alicante e 25% Cabernet Sauvignon, é um vinho maravilhoso, de nariz intenso e profundo, balsâmico, frutado e bastante fresco. Depois predomina a fruta negra e a compota, alguma especiaria, nozes, madeira presente e muito bem casada, encorpado qb, intenso e com final de boca longo. A minha classificação pessoal fixa-se nos 94 pontos. O segundo, um poderoso monocasta Antão Vaz, cheio de mineral, de cor dourada, super-elegante, no nariz revela muita fruta de polpa branca, é gordinho, tem estrutura, revela equilíbrio e elegância no final da prova. A minha classificação pessoal fixa-se nos 88 pontos.
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